sexta-feira, 15 de julho de 2011

Como atrair os jovens para a igreja

Como atrair os jovens para a igreja



Fernando Magalhães.




Pastor auxiliar da Igreja Projeto Água da Vida e cantor do grupo Os Nazaritos, Gustavo Legaltem somente 27 anos, porém já é casado há nove anos e pai de dois filhos. Com um ministério jovem, Gustavo fala para o Portal Melodia como as igrejas podem se adaptar para atrair este público.
“A igreja não pode querer impor e sim conquistar acima de tudo. Não proibir e sim orientar”.
Portal Melodia – Em sua opinião, está mais difícil hoje evangelizar os jovens do que antigamente?
Pastor Gustavo – Está fácil hoje porque tiveram igrejas que souberam contextualizar, porém não é a maioria. Na minha igreja, conseguimos através do Espírito Santo contextualizar a bíblia. Temos várias vertentes na nossa igreja: surfistas, skatistas, universitários, poetas, músicos. O leque foi aberto e isto facilitou nossa entrada. Eu costumo falar que a pessoa não pode ser extremista: Nem querer impor Jesus para o jovem, nem deixar de falar. Você tem que mostrar através de sua vida que Jesus Cristo veio para fazer a diferença e que vale a pena servir a Deus. Dentro das oportunidades que vão aparecendo você aproveita para evangelizar. Não é tão difícil assim, como alguns acham.
Portal Melodia – Como a igreja deve atrair os jovens?
Pastor Gustavo – A igreja não pode querer impor e sim conquistar acima de tudo. Não proibir e sim orientar. Estas atitudes são formas de amor. Mostrar que não somos inimigos, e sim amigos. Que vale a pena ter nossa amizade, uma amizade sadia, cristã que busca o interesse do Reino e não os interesses pessoais. É nisto que a igreja deve pensar.
Portal Melodia – Como se conquista os jovens?
Pastor Gustavo – A conquista é de muita amizade, convívio, de algo mais aberto, sem tabus. Os assuntos devem ser tratados abertamente como no mundo secular, mas claro com direção do Espírito Santo. O importante é esclarecer o máximo e contextualizar. A grande dificuldade da igreja hoje em dia é contextualizar a bíblia para os dias de hoje. Sabendo fazer isto você, com certeza, irá conquistar os jovens.
Portal Melodia – Como se contextualiza a bíblia?
Pastor Gustavo – Mostrando que Jesus é um Deus sem tabus, sem paradigmas e sem tradições. È um Deus coerente, que ama e tem como prioridade o relacionamento, o amor e o convívio. A doutrina básica de Deus está no amor e na servidão. De um servir a outro, ser solidário. A solidariedade é uma grande forma de contextualizar. Servindo desta forma, a igreja será bem sucedida para atrair os jovens na igreja.
Portal Melodia – Como o jovem atual deve lidar com as coisas do mundo, como as drogas?
Pastor Gustavo – O jovem cristão tem uma grande curiosidade, principalmente os que cresceram na igreja. Essa curiosidade é alimentada pelo medo que alguns pastores impõem falando frases como: Se você for ou fizer, vai arder nas chamas do inferno. Alguns pastores preferem impor o medo a parar e sentar, conversar, do que passar todo um dia, uma semana, um ano com o jovem. Ao sentar o pastor pode conversar e explicar porque não, porque não vale a pena, que as drogas são na realidade uma fuga. Nossa fuga tem que ser para Jesus Cristo. Quando nós fugimos para qualquer outra coisa que não seja Jesus Cristo não é sadio, seja droga, seja namoro, seja praia, qualquer coisa…
Então o papo, o dialogo tem que acontecer, ele é fundamental no sentido de esclarecer e abrir a mente do jovem e de começar a tirar o mito e a curiosidade do jovem de querer ir para um mundo que ele pensa que vai suprir certas necessidades. O importante é saber que a necessidade é Jesus Cristo em todas as áreas da nossa vida.
Portal Melodia – Qual é o erro que alguns pastores cometem com os jovens?
Pastor Gustavo – O erro é impor. Eles querem por cabresto no jovem, talhar e tolher o jovem através da proibição. Muitas vezes, os próprios pastores tiveram no passado vontade de surfar, ir ao cinema ou teatro e foram tolhidos. Parece que é uma forma de se vingar, por terem sido tolhidos, pensam em tolher o jovem. Infelizmente existe este tipo de sentimento em alguns pastores frustrados porque perderam ou não aproveitaram sua juventude pelo medo. É um erro que vão passando de geração em geração: Meu filho não vai fazer porque não fiz, o jovem não vai fazer porque não fiz. Então eles erram muito nessa legalidade. Eu sou contra a legalidade. Somos livres, Deus nos chamou para sermos livres. Temos que ter coerência para saber nossas limitações, o que posso fazer ou não. Até indo posso ir. A coerência se adquire na Palavra de Deus e orando bastante, pedindo sempre a Deus muita sabedoria.
Portal Melodia – O melhor modo de o jovem ficar longe do caminho errado é orar?
Pastor Gustavo – É orando e pedindo a Deus o discernimento. Estudando muito, tendo muita intimidade com Deus, porque Ele vai falando o que é tradição, pecado, o que são costumes e doutrinas humanas, o que é teologicamente de Deus, o que é realmente fundamentação de Deus. Então o jovem vai criando o discernimento, mas que só vem com muito estudo, muita intimidade, vontade de acertar, fazer a diferença (principalmente no seu lar). Agindo desta forma, ele vai saber o que é certo ou errado. A bíblia é muita clara e não permite o extremismo. Deus sugere a moderação. Então temos que ser moderados em tudo (seja em qualquer área da nossa vida). A bíblia diz: "Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas tolo; por que morrerias antes do teu tempo? (Eclesiastes 7:16,17). Ou seja, seja moderado, tranqüilo e seja livre em Deus sabendo e buscando a direção.
Crédito: Portal Melodia
Jornalista Tatiana Cioni Couto

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Evangelismo Eficaz

Evangelismo Eficaz
por
Larry Wilson


Toda igreja fiel deseja ser eficaz no evangelismo. Mas muitos de nós expressamos dúvidas quando ouvimos: “O Espírito de Deus torna a leitura e especialmente a pregação da Palavra, meios eficazes” de se evangelizar o mundo, ampliar a igreja e edificar os crentes (Catecismo Menor, 89). “Especialmente a pregação da Palavra”? Hoje a maioria dos relatórios parece mostrar que há melhores maneiras do que a pregação para se fazer discípulos – maneiras muito melhores! Mas o Senhor insiste que “a loucura da pregação” é o meio que Ele escolheu principalmente usar (1 Coríntios 1:21).

A importância da pregação origina-se do fato que Jesus Cristo está realmente vivo, realmente exaltado e Ele está realmente operando de maneira sobrenatural para salvar pecadores e reunir, edificar e governar Sua igreja. Ele Se agrada de assim fazer através da agência do Seu Espírito operando pela e com a Sua Palavra – especialmente apregação da Sua Palavra. Note a cadeia de argumentos em Romanos 10:13-17
Porque “todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo”. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que trazem boas novas!” Mas nem todos os israelitas aceitaram as boas novas. Pois Isaías diz: “Senhor, quem creu na nossa mensagem?” Conseqüentemente, a fé vem pelo ouvir da mensagem, e a mensagem é ouvida através da palavra de Cristo.
O Plano Direto do Senhor para o Evangelismo
Para serem salvos, os pecadores necessitam pedir ao Senhor para que lhes salve: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (versículo 13). Você precisa pedir, mas simplesmente dizer as palavras não é suficiente. Elas devem fluir de uma fé sincera: “Como, pois, invocarão aquele em que não creram? (versículo 14a).
Mas os pecadores precisam ouvir sobre o Senhor antes que eles possam crer nEle. Romanos 10:14b pergunta: “E como crerão naquele de quem não ouviram?” Para crer no Senhor, você deve crer na verdade sobre o Senhor. Mas você deve crer também nas promessas do evangelho do próprio Senhor. “Abraão creu em Deus, e isto lhe foi creditado como justiça” (Romanos 4:3).
Para crer no Senhor, você deve ouvir o Senhor. É impressionante que Romanos 10:14 mais literalmente diz: “E como crerão nEle, de quem não ouviram?” (NASB). [1] Os pecadores devem ouvir o próprio Cristo exaltado para que eles possam crer nEle e invocá-Lo e serem salvos. Isto é tão importante que Jesus o enfatizou repetidamente. Ele ensinou que para serem salvos, os pecadores devem “ouvir a voz do Filho de Deus” (João 5:25). Ele disse, “Minhas ovelhas ouvem minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:27).
Palavras meramente humanas não têm o poder de chamar eficazmente os pecadores da morte espiritual para a vida espiritual. Este fato fez com que o apóstolo Paulo se determinasse a confiar na forma soberana do Senhor usar “a loucura da pregação” (veja 1 Coríntios 1:17-25). O que os pecadores necessitam ouvir é o próprio Jesus Cristo dirigindo-Se a eles de forma pessoal e poderosa através do Seu Espírito, operando por Sua Palavra. E este é o ponto de Romanos 10:14. “E como crerão nEle, de quem não ouviram?” (NASB).
Para que os pecadores pudessem ouvir Sua voz, o Senhor escolheu usar pregadores como Seu canal. “E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14c). A palavra traduzida como “pregue” (kerusso) refere-se literalmente ao uso de um arauto ou um pregoeiro público. No mundo antigo – sem as conferências de impressa e a mídia moderna – um rei enviava arautos, representantes oficiais, que publicamente proclamavam seus feitos ou decretos. Os pregadores da Palavra de Deus são os arautos ou representantes oficiais do Rei Jesus.
O apóstolo Paulo estava intensamente ciente de que esta é a função do pregador. E assim, ele freqüentemente reivindicava coisas como estas:
• "Para este evangelho fui constituído um arauto" (2 Timóteo 1:11).
• "De sorte que somos embaixadores de Cristo, como se Deus rogasse através de nós” (2 Coríntios 5:20).
• "Cristo está falando através de mim” (2 Coríntios 13:3).
• "E nós também damos continuamente graças a Deus, pois, havendo recebido a palavra de Deus, a qual ouvistes de nós, a aceitaram não como a palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual opera em vós, os que credes” (1 Tessalonicenses 2:13).
• "Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor, e nós mesmos como vossos versos por amor de Jesus...mas temos este tesouro em vasos de barro, para mostrar que esta sobre-excelência de poder é de Deus, e não de nós” (2 Coríntios 4:5-7).
Os pregadores são os arautos ou servos a quem o Cristo vivo e exaltado se agradou de usar como Seu canal – como transportando o “tesouro” em “vasos de barro” para falar de forma pessoal e poderosa a pecadores. Isto é o porque Jesus lhes chama de Seus mensageiros, “Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim merejeita” (Lucas 10:16).
Para este fim, o Senhor usa Sua igreja para enviar aqueles pregadores. Romanos 10:15 pergunta, “E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: ‘Quão formosos são os pés dos que trazem boas novas!” Mas nem todos os israelitas aceitaram as boas novas’”. A palavra traduzida por “enviados” é apostello, da qual obtemos a palavraapóstolo. Um apóstolo é “alguém que é enviado”. Jesus Cristo diretamente separou e comissionou (“enviou”) doze apóstolos (“enviados”) para representá-Lo e para estabelecer a igreja do Novo Testamento (Efésios 2:20). Os Doze representaram Jesus como ninguém mais pode representar. Mas em adição àqueles apóstolos de Jesus Cristo há também apóstolos das igrejas, homens que as igrejas enviaram como seus mensageiros oficiais (2 Coríntios 8:23).
A palavra de Deus insiste que antes que alguém possa ser um pregador (um arauto oficial, autorizado), ele deve ser “enviado”. O Senhor Jesus diretamente enviou Seus doze apóstolos. O mesmo Senhor Jesus indiretamente – através de Sua igreja, o corpo sobre o qual Ele é a Cabeça – envia Seus pregadores. O Filho envia Seus pregadores por Sua Palavra e Espírito, operando através dos santos. O Senhor capacita Seu povo fiel, atentando às instruções de Sua Palavra, a reconhecer e publicamente comissionar ou ordenar (“enviar”) aqueles a quem Ele mesmo escolheu e dotou para servir como Seus arautos autorizados (veja, por exemplo, Atos 13:1-3).
Tem sido observado que “alguns foram enviados, mas outros foram” – e nós ainda vemos este fenômeno hoje. Mas a menos que o pregador seja enviado através da igreja, ele simplesmente a autorização do Rei Jesus para agir como Seu arauto oficial. Veja, Deus insiste que “a igreja do Deus vivo” é “a coluna e o fundamento da verdade” (1 Timóteo 3:15). Isto é o porque Romanos 10:15 tão decididamente insiste, “E como pregarão [“arauto”], se não forem enviados [“apóstolo”]?” [2]
Resumindo, em Romanos 10:13-17 Deus insiste que Sua igreja deve comissionar (ordenar) certas pessoas para a tarefa, ou senão não haverá quaisquer pregadores do evangelho. E o evangelho deve ser pregado, ou senão os pecadores não ouvirão a voz e a mensagem de Cristo . E os pecadores devem ouvir a voz e a mensagem de Cristo, ou senão eles não crerão em Sua obra salvadora pelos pecadores. E eles devem crer em Sua obra salvadores, ou senão eles não poderão invocá-Lo. E eles devem invocá-Lo, ou senão eles não serão salvos.
Em outras palavras, Deus insiste que “o Espírito de Deus torna a leitura, mas especialmente a pregação da Palavra, meios eficazes” da graça para salvar pecadores e edificar os crentes e as igrejas. [3] Isto é evangelismo feito da maneira do Senhor, pelo poder do Senhor. Deus escolheu usar uma mensagem “fraca e louca”, comunicá-la através de meios “fracos e loucos”, para deixar claro que somente Ele é Aquele que sobrenaturalmente salva. (1 Coríntios 1:17 – 2:5).
O Grande Problema
Isto significa que Deus não permite que crentes que não foram “enviados” – crentes que não foram ordenados para serem pregadores – falem a outros sobre Jesus? Claro que não! Pelo contrário, Deus chama todo crente a abertamente confessar Jesus Cristo (Mateus 10:32-33; Romanos 10:9-10). O que isto não significa é que quando obedecem este chamado, os crentes que não são ordenados para serem pregadores, eles estejam agindo como arautos autorizados por Cristo.
Bem, isto significa que o Senhor nunca usará o testemunho de um crente, que não foi ordenado para ser um pregador, como um instrumento para eficazmente chamar pecadores para salvação? Claro que não! O Senhor é soberano, livre e infinitamente compassivo e gracioso. Ele freqüentemente usa o testemunho de Seu povo fiel. Vemos isto tanto na Escritura como na experiência Cristã. O que isto significa é que Ele promete especialmente – embora nãoexclusivamente – usar a pregação fiel de Sua Palavra como um meio eficaz da graça.
Creia-me, o grande problema que temos na igreja moderna não é que inúmeros crentes não ordenados estão ávidos para testemunhar sobre Jesus em suas vocações diárias. Não desejamos que este fosse o nosso “problema”? Nosso grande problema é que parece que não mais confiamos que o próprio Rei Jesus realmente opera sobrenaturalmente para salvar pecadores, para discipular crentes e edificar Sua igreja, especialmente através dos meios “fracos e loucos” da pregação.
Como resultado, a pregação tem sido considerada de um modo crescente por nós como sendo fora de moda e ineficaz. Em vez disso, nós freneticamente buscamos outros meios para alcançar os perdidos. Colocamos nossa confiança em técnicas de comércio, técnicas de marketing e atividades barulhentas.
A Gravidade deste Problema
Não é que estas coisas sejam necessariamente erradas em si mesmas. Mas, nossa insistência de que tais coisas sejam necessárias para a evangelização eficaz em nossos dias, não refletem incredulidade? Incredulidade! Incredulidade de que o Rei Jesus usará Sua mensagem (o evangelho) através dos Seus meios (pregação) como o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Pergunte-se honestamente: o fato de nosso Senhor Jesus Cristo estar vivo e exaltado afeta realmente sua prática evangelística? O fato dEle ter derramado Seu Espírito Santo faz diferença realmente para sua prática evangelística?
Quando não confiamos que o Cristo exaltado opera por Seu Espírito através de Sua Palavra, então, substituímos a proclamação autorizada do evangelho por discursos “relevantes” de auto-ajuda, leituras políticas, performances artísticas musicais, apresentações multimídia, filmes, fantoches, palhaços, partidas de boliche, etc., etc., etc. Não somente isto, mas quando perdemos a visão do uso sobrenatural de Cristo do ministério da Palavra, esperamos que as igrejas e os pastores sejam quase tudo, exceto ministros da Palavra. Os ministros são supostos serem diretores-executivos, gerentes, pacificadores, agentes de mudança, consoladores, levantadores de fundos, e outras coisas! Tudo, exceto arautos do Rei Jesus e despenseiros dos mistérios de Deus!
Eventualmente, não somente os meios do evangelho de Deus são esquecidos, mas até a própria mensagem do Seu evangelho é esquecida! Tudo porque os pregadores, presbíteros, diáconos, crentes e igrejas falham em esperar que o Cristo exaltado use a pregação da Palavra para evangelizar o mundo, para fazer com que Sua igreja cresça e para edificar os crentes. O que isto significa é que – na prática – pregadores, presbíteros, diáconos, crentes e igrejas estão falhando em confiar no Cristo vivo e exaltado. Portanto, é verdade que somos culpados – na prática –de incredulidade!
A Grande Necessidade
Isto é verdade de nós? Examine-se a si mesmo. Você está orando ardentemente para que o Cristo soberano e exaltado transmita Seus tesouros através dos vasos de barro que Ele colocou sobre você? Você está pedindo de forma urgente e persistente para que o Espírito Santo lhe dê ouvidos para ouvir? Quando você vem para um serviço de adoração, você espera ouvir a voz do Grande Pastor através do servo que Ele colocou sobre você? Você espera que o Espírito Santo opere poderosamente? Você pede regularmente ao Senhor da seara para enviar pregadores para os Seus campos de colheita? Se sua congregação não tem pastor, você vê isto como uma necessidade diretiva pela qual orar e procurar um? Se você está procurando um, o que exatamente você está procurando? Você está orando especialmente para que Deus lhe providencie um pregador sério e fiel de Sua Palavra?
Se estas coisas não são verdadeiras sobre nós, então, estamos falhando em confiar em Cristo. Se não esperamos que Ele abençoe a mensagem e os meios que Ele mesmo apontou e prometeu abençoar, então, necessitamos admitir que somos culpados de incredulidade prática. Estamos dependendo de “cisternas rotas, que não retêm águas”, quando ao mesmo tempo “o manancial de águas vivas” está na frente de nossos narizes (Jeremias 2:13). O Pastor Steve Miller colocou isto desta forma: “As pessoas não sentem urgentemente a necessidade de orar por seus pastores a cada domingo de manhã, antes deles viram à igreja. Eles não esperam nada, assim, eles automaticamente se levantam e vão à igreja despreparados, sem orar, perturbados e apressados, e basicamente (embora eles possam não reconhecer isto com precisão) com irreverência. Eles realmente não esperam se encontrarem com Deus ou serem atemorizados e subjugados pela Sua presença. Nem eles esperam coisas maravilhosas, tais como conversões, mudança de corações e mentes, novas atitudes, arrependimento, uma nova conquista da certeza da salvação”. Queridos irmãos e irmãs, não podemos ver isto? Isto é incredulidade. Visto que isto é assim, já não é tempo de abaixarmos nossos rostos em arrependimento diante do nosso vivo e soberano Senhor Jesus Cristo? Já não é tempo de clamarmos em contrição por Seu perdão, por Sua misericórdia e pelo Seu renovo? Não deveríamos nós que somos pregadores sermos os primeiros na fila a nos arrependermos?
A menos que nos arrependamos, não deveríamos esperar que nossas igrejas se tornem lânguidas com o evangelismo ineficaz? E de quem será a culpa? Nossa – de ninguém mais. O Senhor não pode estar falando conosco quando diz: “Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te” (Apocalipse 3:17-19)? 
NOTAS:
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[1]. "De acordo com as regras normas da gramática, a frase ‘aquele de quem (hou) deveria ser traduzida como “aquele que”; seria, portanto, o orador e não a mensagem”. (John Stott, Romanos: A Boas Novas de Deus para o Mundo[InterVarsity Press, 1994], p. 286). Compare John Murray, A Epístola aos Romanos, vol. 2 (Eerdmans, 1965), p. 58.

[2]."Precisamos perceber que o Novo Testamento ensina que a tarefa principal de difundir o evangelho é a obra de homens especialmente comissionados para assim fazer . (Isto de nenhuma forma diminui a responsabilidade de todos os crentes testemunharem de Cristo). Deus chama estes homens para Sua obra fazendo com que seus dons e graças sejam reconhecidos na igrejas, as quais são esperadas comissioná-los à obra para a qual Ele tão obviamente os chamou. Nem tem autoridade de ir, a menos que ele sejam enviado desta forma. Pregadores free-lance, comissionados por ninguém, que não necessitar dar explicação a ninguém, são uma prostituição do entendimento do Novo Testamento da obra da pregação do evangelho” (Stuart Olyott, O Evangelho Como ele Realmente É[Evangelical Press, 1979], pp. 93–94).
Matthew Henry comenta: “Como um homem atuará como um embaixador, a menos que tenha suas credenciais e suas instruções do príncipe que lhe envia? Isto prova que para o ministro regular deve haver uma missão e ordenação regular. É prerrogativa de Deus enviar ministros; Ele é o Senhor da seara, e portanto, a Ele devemos orar para que Ele envie trabalhadores, Mateus 9:38. Somente Ele pode qualificar homens para, e incliná-los para ela, a obra do ministério. Mas a competência desta qualificação, e a sinceridade desta inclinação, não deve ser deixado ao julgamento de todo homem por si mesmo: a natureza da coisa será de forma alguma admitir isto; mas, para a preservação da devida ordem da igreja, isto deve ser remetido e submetido ao julgamento de um número competente daqueles que estão eles mesmos neste ofício e de sabedoria e experiência aprovada nele, os quais, como em todos os outros chamados, são presumidos serem os mais hábeis juizes, e que são autorizados para separar aqueles que eles encontram assim qualificados e inclinados para esta obra do ministério, que por esta preservação da sucessão o nome de Cristo pode permanecer para sempre e Seu trono como os dias dos céus. E aqueles que são assim separados, não somente podem, mas devem pregar, assim como aqueles que são enviados”.
[3]. 1 Pedro 1:23-25: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre...E esta é a palavra que entre vós foi pregada”. Hebreus 4:2,12: “Porque também a nós foram pregadas as boas novas... Porque a palavra de Deus é viva e eficaz”.


O autor é secretário geral do Comitê sobre Educação Cristã e editor do New Horizons. Reimpresso por New Horizons, Maio de 2003.